quarta-feira, 30 de junho de 2010

Maternidade impulsiona negócios: Uma engenheira química de Gramado que fornece produtos para mães e bebês em todo o País

Desde que ingressei no maravilhoso planeta maternidade descobri assuntos nunca antes imaginado e como eu, algumas mães reuniram curiosidade, disposição e criatividade para materializar algo. Seja escrever um blog ou abrir um negócio direcionado aos pequenos e às mamães. Inauguro no blog hoje, a primeira de uma série de entrevistas que pretendo fazer. Conversei, por email, com a empresária Bettina Lauterbach, proprietária da Babyslings, em Gramado (RS). A idéia de bater um papo com ela se deu porque li várias vezes referências a ela ou seus produtos em discussões de mães em listas de discussões e comunidades online. Como acredito que seus produtos destinam-se a mães que têm o ponto de vista da maternidade (e forma de criar os filhos) que de alguma forma são parecidos com os meus, resolvi conhecê-la um pouco melhor! Espero que aprecie do papo!

A engenheira química Bettina Lauterbach tem 42 anos e é mãe de duas meninas de 11 e nove anos. Formada pela UFRJ, com mestrado pela Unicamp, foram os dois rebentos sua inspiração para tornar-se empreendedora e funda, em 2004, a Babyslings (www.babyslings.com.br). A empresa fornece produtos para todo o Brasil, tem clientes na América do Sul (varejo) e conta com quatro pontos de distribuição em Portugal e Espanha. No Brasil tem parceiros em Minas Gerais, Distrito Federal e Pernambuco. “Quando me formei e fui trabalhar não gostei do que encontrei lá fora. Teoria e prática na vivência profissional são bem diferentes. Abandonei o chão de fábrica para pensar melhor na minha vida. Casei, tive duas meninas e justamente pela minha necessidade de encontrar soluções alternativas ao que o "protocolo" pregava como correto em termos de filhos (nascimento/amamentação/educação) fui descobrindo um mundo diferente, desconhecido para mim até então”.
Ela lembra que “slingar” a filha nove anos atrás era um absurdo muito maior do que ainda é hoje em dia. “A empresa surgiu disso, a maioria dos nossos produtos entraram em nosso catálogo após sugestões de mães que não encontravam o que procuravam no mercado”. Segundo Bettina, todas as funcionárias da empresa estão envolvidas de alguma forma com bebês e crianças pequenas e elas próprias utilizam os produtos em seus filhos, o que permite enxergar necessidades e oportunidades e o aprimoramento constante. As fraldas ecológicas, espécie de calça-enxuta da nova geração, absorventes ecológicos (que substituem as tradicionais fraldas de pano) e outros itens, são resultado deste diálogo com o consumidor. “Já confeccionávamos slings, que é um produto diferenciado, foi natural atrairmos pessoas com uma outra visão. Um produto deu espaço para outro”, destaca. “Sempre fiz questão, desde o início, de cuidar do atendimento ao cliente eu mesma, o que me deu espaço para escutar o que as famílias tinham a dizer”, afirma.

Conheça uma pouco mais sobre a empresária:
Você acha que a sensibilidade em relação ao Meio Ambiente tem aumentado entre as mães? Ou é um movimento isolado em que a praticidade da fralda plástica (descartável) acaba por prevalecer?
Acredito que a sensibilidade de qualquer pessoa, independentemente de ser mãe, em relação ao meio ambiente tem aumentado de forma geral, mas é diretamente confrontada com o dilema teoria x prática. As mães não são mais sensíveis à isso especificamente. A praticidade das fraldas descartáveis ainda prevalece pois o dia-a-dia nos exige muitas posturas distintas. Mas há a abertura, o que é genial.
O fato de vocês estarem instalados em Gramado (fora do eixo econômico Rio-São Paulo), impede uma expansão de maior fôlego?
De uma certa forma, sim, em termos de prazos. Tanto para receber e adquirir matérias primas quanto para enviar produtos. Todos os materiais utilizados vêm de fora, nada é comprado no mercado local, o que exige uma certa logística, uma programação mais rigorosa. Por outro lado, temos contato direto com nossas colaboradoras, moramos relativamente próximos e isso gera uma empatia maior pelo trabalho e objetivo final, o que não existiria num centro urbano de maior porte.
A utilização de slings, fraldas de pano (exclusivamente ou alternada com as descartáveis) e técnicas como banho de balde marcam uma filosofia não muito convencional de criar os filhos, não é mesmo? Acha que essa tendência irá se expandir?
Sim, proporcionalmente ao acesso à informação. Tudo isso só foi possível diante do crescimento do uso da internet. A mídia convencional não se interessa pelo "fora do padrão", mas a curiosidade ou necessidade das pessoas gera a procura de informações na net. E a descoberta destas informações leva à difusão de filosofias não muito convencionais. A mídia divulga o comportamento gerado pelo acesso à informação. Poderia ser o inverso, mas não é (risos).



terça-feira, 29 de junho de 2010

Sorrisos e balbucios alegram a casa

O desenvolvimento motor e sensorial do bebê é muito rápido, chega a surpreende. De uma semana para a outra, a criançafica mais atenta, esperta e demostra novas habilidades. Davi, uma semana antes de completar três meses intensificou os arrulhos e balbucios, em diálogos comigo e o pai. Agora está interagindo também com outras pessoas, respondendo com deliciosos sorrisos desdentados e batento um papo gostoso.
Os olhos, vivos, observam tudo a sua volta, dá a impressão de um computador, captando todos os dados possíveis. Nesta fase, os cochilos durante o dia, e as mamadas, são fundamentais, tanto para as sinapses do cérebro, quanto para que o hormônio de crescimento entre em ação. E nós, mamães de primeiras viagens, vamos descobrindo mecanismos para fazer nossos rebentos tirarem uma sonequinha restauradoras para eles e pra gente... Afinal é quando dá tempo de escrever algo, resolver alguma coisa sua, ler...ou aproveitar para também dormir.
Davi acorda elétrico, pode ser às 5h, 5h40 ou 6h20 da manhã, mas cada vez mais sorridente e disposto a conversar. Uma alegria começar o dia assim. É como se fosse uma terapia diária do riso. E a gente vai (re) aprendendo que o ser humano se forma e molda no dia-a-dia, numa velocidade mágica, com a especificidade e unicidade maravilhosa de cada indivíduo. Estou amando descobrir um pouco mais deste serzinho especial que colocamos no mundo!

segunda-feira, 28 de junho de 2010

Ampliando horizontes

O último ano de minha vida foi marcado pela retomada de relações/amizades do passado e criação de novos elos. É curioso que todo este movimento tenha coincidido com o período de gravidez e mudança iniciado com a decisão de deixar emprego em Brasília e acompanhar Luciano para Salvador, onde ele tinha proposta de emprego. Para mim foi uma retomada no campo profissional, mas com o conforto de chegar em uma cidade onde tenho boas e sólidas amizades: da infância, da faculdade e profissional. Mudar para cá, em setembro de 2008, me permitiu voltar a conviver, mesmo que não com a freqüência que eu gostaria, com amigos que “herdei de meus pais” (amigos de meus pais que considero como tios ou avós e também filhos de amigos que são como primos), bem como com amizades que construí ao longo dos anos.
Tem amiga de faculdade, amizades que surgiram no início da carreira, etc. É que logo após me formar, em Minas, vim passar uns dias em Salvador e acabei arranjando um emprego... fiquei dois anos na cidade, mas acabei voltado para Belo Horizonte. Quinze anos depois, reencontrei pessoas queridas, algumas que não vi durante todo este período, mas que o reencontro foi suficiente para a continuidade da amizade. Além dos encontros em Salvador, com vários amigos distantes, que estão mais próximos nos últimos meses, seja pela possibilidade de contato virtual, seja por terem aparecido na cidade.

Mas o legal mesmo foi consolidar algumas amizades importantes no último ano. Não estou citando nomes para não esquecer ninguém, e não ser injusta, mas no campo profissional, e também da aula de ioga ou water bike, surgiram amigos. A perspectiva, com a maternidade é que o horizonte se amplie, com o contato com novos pais, interessados em um mundo melhor para seus filhotes. Que nesta nova jornada, agora ao lado de Davi, surjam e reapareçam pessoas que nos enriqueçam e partilhem bons e inesquecíveis momentos... como os que tive na infância.
(mais isso é assunto para outro texto!)

domingo, 27 de junho de 2010

Três meses de aprendizado e amor


Dia 26 de março de 2010 ficará na memória minha e de Luciano como a data que mudou nossa vida e nosso amor. Chegou Davi, filho que esperamos com muito amor e que tem mudado a rotina e o sentido da família que escolhemos montar depois de quase cinco anos juntos (desde namorados, namoridos e casados). O amor que sentimos por um filho é realmente inexplicável, não chega perto do que eu imaginava, quando ele era apenas uma sementinha crescendo e desenvolvendo em minha barriga.
O mais legal nisso tudo é ver a velocidade com que o pimpolho se desenvolve. Aquele pingo de gente, totalmente dependente vai descobrindo os sons, imagens, texturas, sorrindo, demonstrando suas preferências. É uma delícia ver como ele vai se transformando e amadurecendo... Como ele já demostra o que gosta ou não. É já temos percebido traços de sua personalidade única. Mas chega de blablablá, para comemorar a data posto uma foto da família... foi tirada no domingo passado, quando assistíamos o jogo do Brasil!

sábado, 26 de junho de 2010

Instinto materno

Nunca fui de fazer muitos planos quanto à maternidade. Se é que fiz algum planejamento na vida, a maioria foi direcionado à carreira. E a vida fui seguindo, passei por vários empregos, na Bahia, em Minas Gerais, em Brasília. Tive alguns relacionamentos mais sérios, mas nunca pensei em ter uma família com nenhum deles, até que eu e Luciano nos encontramos. As coisas aconteceram tão naturalmente... Que chegou um dia e decidimos que nosso amor merecia ser selado com um filho.
O engraçado é que há mais ou menos um ano, procurei do Dr. João Paulo Farias, para fazer uma consulta e me preparar para engravidar em 2010. Começamos com vários exames de sangue e ultrasson, para definir dieta, vitaminas etc. Mas surpresa, um ultrasson “com problema” teve que ser repetido duas semanas depois e, bom: “parabéns mamãe, você está com seis semanas”.
A notícia foi recebida com entusiamos por nós dois embora tivéssemos planejado casar antes... Moral da história, “casei grávida”, três meses, em pleno ano de 2009, já não era mais adolescente. Mas o legal é que durante a gestação já senti o instinto maternal aflorando...
E percebi que não adianta planos ou receitas, cada um sabe como deve se relacionar com sua cria. Chega a ser primitivo, mas você descobre. Não tenho vergonha de dizer que a primeira fralda que troquei na vida foi a de Davi, sem treino ou nada parecido...assim como o primeiro banho em bebê, etc... (este a gente teve uma “demonstração” com um boneco...e eu vi na maternidade, só)... Mas é legal a gente se reconhecer mamífero...
Confesso que jamais pensei em mim como um mamífero...e muito menos imaginava que um ser indefeso fosse precisar de mim para se alimentar e aprender a viver...é um sentimento mágico, tanto quanto o que observamos entre os outros animais, chamados irracionais... mas o instinto é o mesmo....e o amor... inexplicavelmente incondicial

sexta-feira, 25 de junho de 2010

Enxoval: essencial e supérfluo

Nunca fui muito consumista e sinceramente pretendo transmitir ao Davi este valor. Há muitas coisas mais importantes no mundo, como atividades artísticas, intelectuais e o convívio com amigos, que o consumo de bens materiais. Eu e Luciano conversamos muito isso, que os presentes terão datas certas: dia das crianças, aniversário e Natal, e que evitaremos ficar banhando ele de presentes ao longo do ano. Lógico que roupas e outras peças vão sendo compradas a partir da necessidade, mas nada de exageros.
Ainda na gravidez li um artigo que confirmou essa minha preocupação. A psicóloga, cujo nome não lembro neste momento, comentou que crianças que não convivem na infância com a frustração (e isso inclui não ter o brinquedo que pediu à mãe ou avó), terão mais dificuldades, quando adultos, para enfrentar perdas, comuns na vida de qualquer um. Além disso, a vida é um aprendizado desde que saímos do útero e cada um tem que ser criado dentro de sua realidade.
Mas me alonguei num “nariz de cera”* e não fui direto ao “lide”*. Voltemos ao enxoval. Para falar a verdade não fiquei tão ansiosa com o enxoval de Davi. Nunca achei que fosse necessário muita coisa, além do quarto montado e itens para higiene do neném (banheira, potes para algodão e cotonete, garrafa térmica). É verdade que alguns itens acabamos comprando depois do nascimento do Davi, pois demoramos um pouco, mas fazendo um balanço hoje, acho que acertamos na quantidade de itens. Mas eu compraria mais lençóis com elástico e fronhas, ao invés de conjuntos completos e lindos. Afinal, durante muitos meses o bebê não vai se cobrir com o lençol de cima...
Comprei a banheira de banho com suporte, mas sem o trocador, que achava besteira. Hoje, como o quarto do Davi é pequeno, teria comprado a cômoda e a banheira completa, afinal, sozinha em casa com o bebê, ajuda muito...mas vá lá...dizem que daqui há uns meses o banho será mesmo no boxe do banheiro com a banheira no chão. Também teria comprado o balde para o banho noturno antes dele nascer... O kity berço, é mais decorativo, mas também protege o neném de se bater no berço. É o que dará o tom na decoração.
A babá eletrônica não comprei... moramos num apartamento pequeno, dois quartos. Sempre lembrava do texto que li no blog de um pai (quando Davi ainda estava na barriga) que dizia algo como. “Se seu filho precisar de você, você irá escutar”. Acho que seria útil quando você está na casa de alguém... para deixá-lo em um cantinho mais silencioso... Uma forma de você se certificar que ele está dormindo ou sossegado sem ficar toda hora indo e voltando para vê-lo.
Itens essenciais são as fraldas descartáveis (teria comprado mais pacotes de RN, difíceis de encontrar), muitas de pano, que têm função multiuso, e os paninhos de boca, que eu achava uma frescura mas agora uso sempre, e vários por dia.
Tem também a tal da bolsa da mamãe... Tem gente que compra duas, uma grande o outra pequena...eu optei apenas pela maior, em tom neutro, para usar em saídas rápidas e mais longas, ou até em viagem. Acho mais prático. Ainda do enxoval da mamãe, não acho tão necessária a camisola de amamentação ou o sutiã de amamentação, há modelos tradicionais que fazem a mesma serventia e são mais baratos...
Itens como mamadeiras, talheres, esterelizadores, potes para armazenar leite, acho melhor esperar o neném nascer, afinal, se tudo der certo ele só vai comer e beber outra coisa que não seja o leitinho da mamãe, aos seis meses. As lembrancinhas de visita, não comprei porque Davi nasceu antes do previsto, mas no final das contas, acho que se não tiver com dinheiro sobrando ou não dispor de tempo ou talento de você mesmo confeccionar, não faz falta.... quem sabe fica para o aniversário de um aninho, ou nem isso...

Ah, algodão, cotonetes, álcool, sabão de coco - ( que serve para limpar tudo: roupas, chupeta, brinquedos) - eu teria comprado muito mais e bem antes.... a gente usa que é uma beleza.... kkkk. Também teria comprado com antecedência o balde e as bacias para lavar a roupa do nenem e o cesto de roupa limpa.
Meias e sapatinhos perdem em velocidade relâmpago, ao menos o Davi... roupas não são necessárias muitas. Davi perdeu as primeiras agora, já com quase três meses, mas muitas crianças nem chegam a usar as menorzinhas....Eu teria comprado mais conjuntinhos de bodies com calça e casaquinho (de malha)...só comprei um, para sair da maternidade...., e nem saímos de lá com ela...só o sapatinho vermelho seguiu a tradição. Manta, umas três são mais que suficientes. Muitos bodies, algumas camisetinhas e calças de malha avulsa, ótimos pijamas...
Quem mora em Salvador, fuja da ideia das vendedoras do “kity saída da maternidade”, geralmente com manta de lã...que dificilmente usará aqui...a não ser que ligue o ar condicionado diariamente e com a temperatura bem baixa... Toalhas de banho, comprei umas três, ganhei outras duas. Aliás, presente é o que não falta... e o guarda-roupa de Davi, que estava bem básico, deve estar com roupas que servirão até um aninho... Isso é bom...uma ajuda de amigos e familiares à nova família. E, apesar de ser contra consumismo, o presente de boas-vindas tem um significado bonito, vem cheio de boas intenções.
Não sei se este texto foi útil ou interessante. Comecei a escrevê-lo hoje cedo, mas aí fui passar o dia na casa da minha amiga Cândida (com o Davi, já que o Lu trabalhou até tarde)... É que aqui no Nordeste São João é feriado e dos mais importantes, não dá para passar em branco... Foi um dia bem gostoso, com papo, almoço e o Davi mamando e tirando uma sonequinha no meio da sala, no cochonete. Ano que vem, com certeza iremos numa festinha, e aí será outro post.

Viva São João!

* Expressões do jornalismo. Nariz de Cera é quando o texto tem uma entrada floreada que não vai direto ao fato. Lide é a abertura do texto jornalístico, responde às perguntas básicas. Que, Quem, Como, Quando e Por Que.

quarta-feira, 23 de junho de 2010

Descobrindo o corpo...

Como quase toda manhã brinco uns quarenta minutos com Davi peladão (privilégio de quem mora em Salvador, é verdade). Uma forma dele ficar menos tempo com fraldas e de fazermos massagem (shantala), logo depois vem o banho, etc e tal. Bem, hoje, logo após a massagem, tive que fazer algo e pedi para minha ajudante segurá-lo. Ele estava peladinho, sobre a fralda e ela o pegou... De repente a Nide (nome dela) começou a ri e me chamou. Ele estava numa boa segurando o pinto! Foi divertido, fiquei nervosa e perdi o lance (queria fotografar).
Foi então que lembrei que quando a minha irmã esteve aqui, em maio, e meu pequeno estava com pouco mais de um mês, fomos dar um banho nele e Davi ficou relaxado, na boa...segurando o pinto... foi na realidade a primeira vez, ao menos que tenhamos visto. Então fuçando meus emails achei a foto tirada pela madrinha-coruja... É uma figura o meu filhote...Neste e em outros lances... Bom, agora vou nessa que é tarde e tenho que preparar nosso banho de balde. Tema que, prometo, deve ser umas das próximas postagens!

terça-feira, 22 de junho de 2010

Jornalista, Mulher, Militante e Mãe

Não precisa ficar assustado que este texto não será um discurso feminista falando da vida multifacetada das mulheres que se dividem entre a casa, criação dos filhos, trabalho e, porque não, militância política. Sempre dei conta e me virei bem em cada um desses papéis, com exceção da criação de filhos, afinal, ainda não era mãe... kkk.
Mas eu estava aqui, lendo, enquanto Davi tira uma sonequinha ,e de repente comecei a rir sozinha. Lembrei de duas personagens de TV, da época de minha adolescência (anos 80). Elas eram jornalistas e de certa forma marcaram. Uma era interpretada pela Deborah Bloch, na TV Pirata. Não lembro o nome dela, mas se apresentava sempre acrescentando ao nome a frase “jornalista e mulher”.... Fiquei imaginando ela com um bebezinho, bem descolada, um pouco atrapalhada...

A outra personagem que me veio à memória foi a Zelda Sscott , interpretada pela Andréa Beltrão em Armação Ilimitada. Irreverente, apaixonada, ela era uma estagiária de jornalismo. Gostaria de vê-las agora.... cuidando de seus bebezinhos...
Mas isso é só uma viagem de uma mãe de primeira viagem que  não está afim de escrever sobre maternagem e outras coisas hoje!.... kkk
Tenho uma proposta! Alguém se habilita a propor como estão estas duas jornalistas agora???? Dividindo-se entre redações, reuniões de pais, saindo à noite? Abandonaram a carreira, continuam casadas? foram mãe solteira??? Dia desses eu me inspiro e escrevo a versão da vida de cada uma...

Teoria e prática:um meio termo


Como em tudo na vida, quando se fala em maternagem (mãe como vetor de educação e desenvolvimento,, por meio de afeto, encorajamento e apoio), teoria e prática muitas vezes se confrontam. Quando fiquei grávida comecei a ler sobre assuntos sobre os quais nunca me aprofundei e por isso não tinha um ponto de vista formado. É o caso do uso da chupeta. Sempre soube da fase oral da criança, nos primeiros meses de vida (necessidade de sucção) e que o uso prolongado não é bom para os dentes. Nada além disso.
Meio que veladamente, tinha decidido que meu filho não usaria de forma alguma. Não tenho simpatia pelo uso da chupeta como cala-boca para bebês. Afinal, eles só choram por não têm outra forma de se expressar. Ainda assim no enxoval de Davi havia uma, tá certo que foi presente, do meu querido amigo Robson, que é tio de vários sobrinhos e no fundo tem mais experiência que eu.... Foram nos primeiros dias de vida de Davi ainda, numa crise de cólica, que ele usou o acessório... Como toda mãe de primeira viagem não sabia o que fazer além de manter a calma. Afinal se o nenem percebe que estamos ansiosos fica ainda mais nervoso...Mas para tentar acalmá-lo dei a chupeta. Ele pegou.
Bem, para falar a verdade, pegou enquanto tinha dor...ele não fica com chupeta muito tempo e eu ofereço poucas vezes, quando vejo que ele está com dificuldade de  pegar no soninho, quando ele está meio molinho de vacina ou quando está muito agitado, para se acalmar . Ontem, por causa dos fogos, que o deixam assustado, resolvi dar a chupeta para ver se distraia. Ele encarou como um brinquedo e foi bem divertido. Pegou com a mão e ficou balançando, tentando colocar na boca, rindo...mas chupar que é bom, nada...kkkk. Não registrei o momento com foto, mas tá aí a dica... Me rendi à chupeta, mas de forma controlada e ninguém além de eu ou Luciano dá chupeta pra o Davi...Sabemos a hora que ele pode estar precisando...
Cada família vai encontrando sua fórmula, não é mesmo?

segunda-feira, 21 de junho de 2010

Primeira saída social – programa “de adultos”


Hoje fomos assistir o jogo do Brasil e Costa do Marfim na casa de um casal de amigos (Fernanda e Júlio) e Davi fez seu primeiro programa “de adultos”. O pimpolho se comportou bem...chegou acordadinho, distribuiu sorrisos desdentados, brincou...olhou a TV, ficou no colo dos "tios". Mas não conseguiu tirar a tradicional sonequinha da tarde... muita agitação, fogos e tal...Ainda bem que a cólica, que marcou o jogo passado, não veio. O legal foi que, como num passe de mágica, a partir das 19h, dormiu no meu colo (não aceitou ficar no sling desta vez...queria mesmo o aconchego...). É curioso, quando tem muita novidade e estímulo, Davi fica mais faminto, uma forma talvez de se sentir acalentado. Mas estou com sono e este texto é só para ter uma desculpa e colocar a foto do torcedor mais lindo do Brasil..., com a mãe-coruja, é claro!

sábado, 19 de junho de 2010

Amamentação - A arte de ignorar as críticas e idéias alheias

Se tem uma coisa que eu sempre tive certeza que faria era amamentar. Inclusive foi uma tristeza profunda quando, após o parto natural (uma vitória minha e de Davi), não pude colocá-lo direto no peito. (Ele precisava estabilizar respiração e tal, não vou usar termos médicos, não é minha área). Mas enfim... A decisão que tinha feito acabara de ser dificultada por duas coisas. A primeira é a política, no meu ponto de vista equivocada, do hospital e plano de Saúde. Tudo bem, após o nascimento do Davi, às 17h20, só pude reencontrá-lo no neonatal por volta das 23h... Está certo que eu tinha que me recuperar e tal, mas não aguentava de saudades.
Ainda baqueada, para o tempo passar rápido, eu não conseguia dormir... passei umas 200 mensagens, para Deus e o Mundo, avisando que nosso pimpolho tinha chegado. Quando desci e vi aquele ser indefeso, foi uma emoção e a primeira frase que tinha dito, ainda na sala de parto, foi repetida inúmeras vezes.... “Te amo, te amo, te amo...." Só assim consegui voltar ao quarto e dormir várias horas, até pela manhã. Ok, no outro dia pude ir várias vezes ao neonatal, aberto 24h para a mãe.... podendo inclusive colocá-lo no seio (embora estivesse se alimentando com sonda)... O segundo equívoco se deu no dia seguinte, quando eu tive alta e o meu filhote não.
Toda a logística de deslocamento, mais o abalo emocional do parto e de um recém-nascido no hospital me deixaram muito estressada e só conseguia que ele pegasse no meu peito umas duas, às vezes três vezes ao dia. Enfim... no quarto dia, da noite para o dia, meu peito encheu, empedrou, ficou muito dolorido. Davi não conseguia pegá-lo chorava, ficava irritado... Enfim, os pediatras complementaram com NAN e deram alta numa terça-feira à noite... (este seria o terceiro equívoco, talvez o mais grave...podeiram ter dado alta no outro dia bem cedinho, dando um dia inteiro de adaptação à nova rotina...menos traumático para mãe e bebê).
Caraca, fiquei puta da vida! Não tenho outras palavras...eu abalada, com dores, tendo que ir para casa com um bebê indefeso... Lógico que eu, mais que ninguém, estava louca para recebê-lo em casa, mas não neste estado... Enfim, meu peito estava tão empedrado que Luciano teve que comprar NAN no meio da madrugada, para Davi se acalmar e dormir...No dia dia seguinte ele alugou uma bomba de leite... A rotina passou a ser, massagem, compressa de água fria (feitos por minha mãe), tirar leite com a bomba e depois dar de mamar... Com uma semana tudo se normalizou...
Por ignorância, e seguindo a orientação da pediatra do neonatal, dava NAN à noite, quando pensava que ele estava irritado por eu “não ter leite”. Quando fomos à pediatra e ele não tinha ganhado peso (o que é super normal nas primeiras semanas), contei do NAN, que ela suspendeu na hora... foi impressionante.... as cólicas que eram diárias diminuíram e ele passou a ficar mais encorpado... alívio, enfim estava amamentando, como sonhei...
Aí fui pesquisar e descobri outros equívocos do hospital, davam leite industrializado em mamadeira, e não em colherinha ou com uma seringa... mas enfim, foi bom pesquisar e ter contato com uma médica militante das "amigas do peito"... Descobri a amamentação por livre demanda, sem forçar o bebê a ter horários de alimentação pré-estabelecidos. A idéia é respeitar o biorrítimo do neném. Aderi e minha vida e de meu filho melhoraram muito. Estou feliz com esta descoberta, fiquei mais relaxada e hoje Davi mama na cadeira de alimentação, na cadeira do computador, no sofá, na cama de solteiro do quarto dele (aliás, de madrugada é nosso cantinho especial), em minha cama, na rua, no sling....
É muito legal também passar a identificar o choro que é de fome, e descartar outras razões, aprendizado que só é concretizado mesmo com a experiência... Mas quando tudo parece perfeito, a gente tem que enfrentar outras coisas para amamentar. Principalmente a ideia equivocada de muita gente que só leite materno é muito pouco para a criança. E dá-le sugestão de dar água para não desidratar, chá para não ter cólica, mingau de maizena para engordar... A frase, "será que seu leite não está fraco, por isso ele não engorda?" é a que mais me irrita. Afinal, cada criança tem um biotipo e engorda dentro do seu ritmo...O que importa é que nós sabemos que o desenvolvimento dele está ótimo, que ele é muito comprido e não tão gordinho e que é um charme de criança, assim como as gordinhas rechonchudas, as pequeninas.
É só passar uma hora na sala de espera do consultório dos pediatras para descobrir várias belezas distintas de bebês.... Um nenem de nove meses menor que um de seis, mas super esperto e expressivo, uma menina de dois meses que parece que tem seis e só mama leite materno. Um menino de seis meses que é super sapeca, outro que é super zen... Uma delícia descobrir o mais óbvio de tudo.... “cada um sabe a dor e a delícia de ser o que é....” e eu completaria da música, “cada um sabe a delícia e peculiaridade de sua cria” e escolhe a melhor forma de alimentá-lo, seja com leite materno ou industrializado, o amor e o respeito garantirão uma criança feliz, equilibrada e que com certeza contribuirá para melhorar este Mundo!

sexta-feira, 18 de junho de 2010

Babador


Hoje estava pensando em escrever sobre enxovais, o que vale a pena e o que não vale comprar, ou talvez sobre chupetas, estava aqui decidindo...
Mas aí, deixei Davi no carrinho, ao meu lado, e estou quase babando... É, quem está precisando de babador por enquanto sou eu, e não ele... ele está na boa, me olhando e brincando, com as mãos e pés...além dos bonequinhos, super confortável eu seu carrinho.
É impressionante o desenvolvimento do ser humano, tanto cognitivo como motor... A pediatra dele, Dr. Regina, que ele visitou hoje, disse que agora é uma velocidade monstra... e que posso continuar a conversar, brincar e dar muito carinho...que sacrifício hem???
Estou tão coruja que resolvi postar a foto e um vídeo (flash)!!!

Babem!!!! Enquanto isso vou brincar um pouquinho!

quarta-feira, 16 de junho de 2010

Reflexão, diversão e quem sabe novas amizades!

Domingo passado (13/06) Davi foi em sua primeira festa junina. Na realidade fomos pela segunda vez ao Encontro do Grupo Mães e Muito Mais. A idéia é muito legal, uma das pioneiras foi a Nádia Mota, “psicóloga, educadora, mãe e muito mais” (blog na minha lista), que me contou que um grupo de amigas resolveu promover encontros de mães de primeira viagem. “Fizemos várias reuniões, mas eram apenas eventos sociais, entre amigas. Pensamos em fazer algo mais interessante”, lembra. Desde então, o grupo cresceu (cada uma convidava uma amiga ou conhecida) e a reunião mensalmente conta com uma palestra, lanche para as crianças e brincadeiras na área do Museu da Criança, onde são feitos a maioria dos encontros. O tema da palestra ou atividade dirige-se aos bebês e crianças (existem pais de crianças maiorzinhas, do grupo pioneiro e que aderiu depois) e aos casais. No mês passado, participamos de uma demonstração sobre a massagem Shantala e assistimos uma palestra sobre gestação extra-útero e o uso do sling (esse item essencial no enxoval de qualquer grávida).

Neste domingo, a pisicóloga Fátima Santa Rosa falou sobre o “Nascimento” dos pais e a vida do casal. Foi um papo muito proveitoso. Só não foi melhor porque o Luciano estava de plantão e chegou mais tarde, na hora dos comes e em tempo de dançarmos um forrozinho a três. Foi proveitoso o debate que surgiu e interessante ver como há pontos de vistas diferentes sobre a criação de filhos e a maternidade/paternidade. A questão do bebê dormir na cama do casal foi um dos pontos que não teve consenso. Cada um deu sua razão. A lição que ficou é que, mesmo que o bebê durma com os pais o casal tem que ter um tempo para si, privacidade. Não deixar de ser o homem/mulher, namorado/namorada e assumir apenas o papel pai/mãe. Afinal, a vida é assim mesmo, multifacetada.
Bem, é isso, estou feliz pela oportunidade de participar do grupo, e embora seja sempre corrido e Davi mame grande parte do tempo, aos poucos vamos conhecendo melhor as pessoas, trocando experiências, e quem sabe, construindo grandes amizades (o que com certeza já aconteceu desde que o grupo existe).

PS: a foto é de Nádia Mota

terça-feira, 15 de junho de 2010

Cólica e futebol

Tem algo que incomoda mais um bebê, e todos os adultos que estão em volta, que a famigerada cólica? Davi teve bastante nas primeiras semanas, quando por orientação da pediatra do neonatal dava uma mamadeira de NAN pela noite. Assim, além de cólica ficava dias sem fazer cocô... Depois que a pediatra pediu para suspender o NAN e manter o leite materno exclusivo as cólicas melhoraram significativamente. Agora tem eventualmente, e as crises geralmente acontecem quando o dia foi agitado, se a casa tiver cheia, com gente falando alto. Hoje, como teve jogo do Brasil, o dia está atípico. Nem mesmo pela manhã, quando fomos dar uma slingada até a orla, conseguimos fugir do barulho. E dá-lhe buzina, bombas, etc.
Resultado, ele que já não é de dormir de dia, ficou acordado e bem irritado. Na aula de Ioga, no primeiro tempo (que pelo visto valeu a pena perder), deu uma relaxada, mas foram começar os fogos para ficar nervoso novamente. Só agora, depois do jogo, passada a segunda crise de cólica do dia, conseguiu dormir...já se foram 50 minutos desde que pegou no sono!
Aff!!! Estou satisfeita como resultado do jogo, principalmente com o segundo gol de Elano, que teve participação decisiva de Robinho. Eu e Davi estamos devidamente vestidos como torcedores, mas confesso, pela saúde e bem-estar de meu pequeno, que prefiro dias normais, que deixem meu pimpolho menos estressado....
Amanhã prometo um texto mais bem-humorado
BRASIL!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!

segunda-feira, 14 de junho de 2010

Museu da criança, sonho tornado realidade


Há 10 anos a pedagoga Susan Murray realizou um sonho, fundou o Museu For the Children (Museu da Criança), localizado em uma simpática casa, com muito verde e espaços lúdicos, no bairro de Patamares, em Salvador. Ontem foi a segunda vez que fomos lá e tivemos um domingo delicioso. É verdade que Davi ainda não pode brincar no espaço que conta também com uma biblioteca, mas fomos a um encontro de pais (que será motivo de futuro texto).
Voltando ao museu.
Susan, apesar do sotaque e da aparência, faz questão de destacar que é brasileiríssima. Filha de norte-americanos, nasceu no final da segunda guerra em Manaus (AM). Com seis semanas de vida, os pais, um médico e uma enfermeira, voltaram para os Estados Unidos. Foi criada no Sul de seu país. Segundo ela, não tinha lugar pior, tanto em razão do machismo como em razão do sexismo. “Eu, como mulher e filha de médico não podia fazer o que todas faziam, recorda”. Aos 21 anos, quando concluiu a faculdade, para realizar o sonho de vir ao Brasil, inscreveu-se num programa em que jovens norte-americanos vinham atuar junto a comunidades carentes do interior do Brasil. Foi para o Rio Grande do Norte. “Enquanto todos estava deslumbrados por pisar em solo brasileiro, desci do avião e me senti em casa”, recorda. Após voltar para o País onde nasceu, acabou vindo para a Bahia, onde montou o projeto de seus sonhos. “Nos Estados Unidos, toda criança tem um espaço onde pode ir para brincar com os pais. Pensei em fazer algo semelhante”, revela.
A proposta do espaço é garantir cultura e divertimento a crianças de diferentes classes sociais, raças e cores, promovendo seu enriquecimento sociocultural. Assim, a criançada pode interagir com brinquedos como uma cama d´água, no jardim, uma bacia “didática” com objetos que flutuam ou que boiam, imagens na parede que ensinam o que é ilusão de ótica, a réplica de uma venda do interior com comidinhas, frutas e verduras, um fóssil de dinossauro (réplica) no quintal, entre outros que a criançada vai descobrindo. Além de visitas de escolas públicas e particulares, o espaço está aberto para aniversários (mas deixa claro que não é um buffet infantil) e encontros.
Vale a pena conferir e conversar com esta sonhadora que é Susan. Aliás, ela está tocando também um projeto social. “Museu Móvel”, que leva ao interior um pouco do Museu da Criança. “Comecei a conhecer o Brasil pelo interior e é a minha paixão”, conta.
Aos que moram em Salvador, vale conferir, uma boa alternativa mesmo para dias chuvosos! Quem mora em outra cidade, quando estiver passeando por estas bandas pode lembrar da dica. O site do espaço é o www.forthechildrenmuseu.org.

Calça-Enxuta III

Deu certo com a de velcro! Ficou parecendo um shorte, um charme só! A perna (por onde vasou a outra) ficou fechadinha!!! Usou da hora que acordou (por volta das 6h30) até a hora do banho. E a fralda "segurou" xixi e um pouco de cocô!!!). Assim damos nossa contribuição para o Planeta, menos fraldas descartáveis nos lixões de Salvador.

Calça-Enxuta II

Hoje foi uma manhã deliciosa. Salvador estava fresquinho, Luciano foi trabalhar, a empregada de folga... a casa era minha e de Davi. Dei banho no moleque, coloquei um filme no DVD e ficamos aconchegados. Resolvi estrear a calça-enxuta. Marinheira de primeira viagem que sou, além de rechear a calça plástica com fralda de pano coloquei no Davi uma fralda à moda antiga. Resultado, além de ter ficado enorme, vazou tudo...Uma comédia. Como a tarde saímos, voltamos para as descartáveis... Depois tento novamente e conto como foi! Bom final de domingo, amanhã escrevo mais. O dia foi corrido, cheio de atividades para o pequeno e pra mim!

sábado, 12 de junho de 2010

Nostalgia


Hum, tava aqui curtindo o frescor deste 12 de junho (a temperatura baixou aqui em Salvador e está ventando bem gostoso!) e lembrei da barriga do Davi. Deu uma nostalgia... tava vendo várias fotos durante a gravidez, então,resolvi postar uma, tirada por Iraildes Mascarenhas, uma amiga fotógrafa!

Calça-Enxuta

Outro dia escrevi sobre a preocupação em amenizar o impacto ambiental da fralda descartável, além de procurar marcas mais “amigas do verde”, que utilizam menos celulose, etc, as tradicionais fraldas de pano são uma alternativa. Já encomendei umas fraldas de panos e absorventes moderninhas, ecológicas, e estou no aguardo.
Hoje Luciano foi ao centro da cidade para comprar a primeira calça-enxuta de Davi. Aqui na Pituba e nos Shoppings não tem de jeito nenhum....Imagina, usar fralda de pano. Poucos da classe média estão dispostos. Bem, mas a busca foi frutífera, e agora Davi conta com quatro modelos diferentes: dois plastificados e dois em tecido, duas com fechamento em botão e duas com velcro. Apenas duas poderão ser usadas agora, as outras são maiores. Em breve conto o resultado, quem sabe posto uma foto.
O preço variou de R$ 2,70 a R$ 9,0 a unidade e as embalagens sugerem que o porta fraldas seja recheado com fralda de pano tradicional. Quando chegar a encomenda vou experimetnar também com os absorventes ecológicos, que prometem ser mais eficientes. Veremos.
Mas já que estamos falando de fraldas, entrei esta semana num grupo de discussões do yahoo sobre o tema. Fiquei impressionada com minha falta de conhecimento sobre o assunto. Ainda sou apenas leitora das discussões, mas não faltam dicas sobre como lavar fraldas, como colocá-las, etc. Além de outras coisas práticas como dicas para tratar e evitar assaduras. As participantes têm perfil eclético, das mães ecológicas, que não usam descartáveis, a mães como eu, que estão mesclando os tipos de fraldas. Acho que a Natureza e pele de Davi agradecerão!
Bom, vou nessa, que o pequeno dorme e quero aproveitar o tempo livre para namorar. Afinal, hoje é dia, e nem mesmo mãe de primeira viagem é de ferro!

sexta-feira, 11 de junho de 2010

Descobrindo as mãos


Tem coisa melhor que ver seu filhote de dois meses e meio descobrindo as mãos? Tocar objetos, sentir texturas, puxar o seu peito e ficar com raiva porque tiraram o leitinho dele? Não tem livro que descreva a sensação que é!
Musica e vozes encantam Davi desde que chegou em casa. Também, na gravidez toda ele ouviu música e conversou comigo e o pai dele... Vai ver que é por isso que já conversa com meus seios, e sozinho, no berço!!!
Além de tocar as coisas agora ele consegue se acalmar sozinho com as mãos na boca, sem pedir peito sem estar com fome! Impressionante como funciona o instinto...
Por falar em instinto, resolvi colocar aqui texto (editado) que li outro dia no blog da Nádia, aqui em Salvador (Mãe e Muito Mais – que está em minha lista). O texto fala sobre gestação extra-útero!
Me identifiquei totalmente e compartilho com vocês!

O Quarto Trimestre que Falta na Gestação
A teoria do Dr. Karp baseia-se no fato de que os recém-nascidos humanos não são como os de outros mamíferos, capazes de caminhar e correr no primeiro dia de vida. Nossos Recem Nascidos (RN's) são "imaturos", mais parecidos com fetos que com bebês mais velhos, já que passam a maior parte do tempo dormindo e alimentando-se.
Segundo Krap, os RN's humanos seriam imaturos porque nossa sobrevivência depende de cérebros grandes, então eles são "expulsos" do útero antes de estarem completamente prontos (a cabeça de um bebê de 3 meses de idade não passaria pelo canal vaginal).
Assim, é benéfico para o bebê, nos primeiros 3 meses de vida, tenha a sensação de voltar ao útero sempre que a vida aqui fora estivesse difícil. Como não somos cangurus, o que podemos fazer é tornar o ambiente extra-útero o mais parecido possível com o intra-uterino.
Como é lá no útero ?
O bebê no útero fica apertadinho, na posição fetal, envolvido por uma parede uterina morninha, sendo balançado para frente e para trás a maior parte do tempo. Ele também estava ouvindo constantemente um barulho "shhhh shhhh", mais alto que o de um aspirador de pó (o coração e os intestinos da mãe).
A reprodução das condições do ambiente uterino leva a uma resposta neurológica profunda "o reflexo calmante".
Da mesma forma que o martelinho no joelho só leva ao reflexo de levantar a perna se o médico bater no local específico, os métodos para acalmar o bebê só funcionam se forem feitos da forma correta. Quando aplicados corretamente, os sons e sensações do útero têm um efeito tão poderoso que podem relaxar um bebê no meio de uma crise de choro.
10 Maneiras de Reproduzir o Ambiente Uterino
1. Segurar o bebê
2. Dançar com o bebê
3. Embalar o bebê
4. Embrulhar o bebê bem apertadinho
5. Ligar um barulho contínuo (shh shh) ou cantar
6. Passear no carro
7. Caminhar com o bebê
8. Amamentar
9. Dar ao bebê algo para sugar
10. Colocar o bebê num balanço

Que pílula que nada!!! Revolução Feminina tem outro nome!!!


Hoje foi nossa terceira aula de Ioga. Semana passada eu e Davi começamos com Anne Sobotta uma aula que tem como proposta uma “maternidade saudável e humanizada”. Como é de se imaginar, a criança e a mamãe têm que se adaptar ao novo ambiente e à situação (os dois sempre juntinhos) para conseguir praticar as posições, toques, e interações.
Davi, na primeira, aula, semana passada, dormiu grande parte do tempo, mas curtiu um pouco da massagem Shantala. Eu, consegui fazer alguns movimentos e posições, desenferrujando um pouco e tendo idéias para me exercitar em casa. Também conheci outras duas mães e suas crias. Na terça passada, segunda aula, Davi praticamente mamou! O tempo todo com ele no peito, fiz pouca coisa, mas mesmo assim gostei da sintonia entre a gente, cada vez mais fina.
Hoje, definitivamente foi a melhor aula, Davi chegou animado e acordado, conseguiu participar da aula por 20 minutos (são 45, no total), mas depois de uma dor de barriga ficou irritado e acabou querendo mamar (tem coisa melhor pra passar a dor?)...resultado. A Anne olhou pro meu sling e perguntou: “Ele mama deitado no sling?” Eu respondi: “Já fizemos umas três vezes”. Ela: Vamos tentar que dá para algumas posições com ele junto!
Conseguimos! Liberdade!!! E dizem que a revolução feminina tem como marcas a pílula anticoncepcional e sair pela rua sem sutiã... Nada como um sling que te deixa livre para “malhar”, “relaxar”, “escrever”, e até aproveitar a sinergia da respiração mamãe/bebê, para uma meditação diferente (veja foto)!
Em outra oportunidade farei uma entrevista com Anne para falarmos mais sobre Yoga e pós-parto e Yoga e o desenvolvimento do bebê!
Namastê!

quarta-feira, 9 de junho de 2010

Fraldas e ecologia


O primeiro dos inúmeros conselhos que a gente recebe quando descobre que será mãe é: “Faça um chá de fraldas, você vai usar milhares, pelo menos por dois anos!” E lá se vão relatos de quem usou as fraldas que ganhou um ano e tal... Bem, segui o conselho e fiz dois chás de fraldas. Em BH ofereci um delicioso brunch aos amigos, uma ótima oportunidade de matar as saudades em momento delicioso! Outro aqui em Salvador, um lanche da tarde, com bolo, salgadinhos, refri e cerveja. Ótimo para reencontrar os amigos e mostrar o barrigão.
Não fiz as contas, realmente quis seguir o ritual e arrumar uma desculpas para encontrar os amigos, mas desconfio que o custo da realização de tais eventos fica praticamente o mesmo do investimento em pacotes de fraldas. Mas valeu partilhar a felicidade de estar carregando um neném que em poucos meses mudaria nossas vidas. Foi só em março, com o nascimento do Davi, que me dei conta do quão poluentes são as fraldas descartáveis, além de deixar pouco tempo para a pele do bebê “respirar”... Segundo andei pesquisando, a criança utiliza, em média, em torno de seis mil fraldas descartáveis durante dois anos... Caramba... estou contribuindo com a destruição do meio ambiente!
Nem tanto, já que moramos em Salvador e sempre deixo Davi peladinho, por umas duas horas, brincando em cima de um trocador fininho (plastificado) forrado por uma fralda.
Mas é pouco, semana passada encomendei umas fraldas moderninhas, tipo calça enxuta, em pano e que são usadas com absorventes ecológicos... Espero assim diminuir o uso das descartáveis, deixando para quando sairmos de casa e para a noite... Ainda tenho muito o que aprender, tem pano biodegradável, lenços de limpeza e fraldas descartáveis, uma infinidade de produtos, mas ainda pouco acessível à população.
Minha consciência não é tão pesada já que separamos o lixo, não fumo, não dirijo todos os dias (agora por força maior, mas em condições normais, sempre que dá pego um ônibus, para fazer entrevistas ou outras coisas). Espero deixar de herança para a Natureza bem menos que seis mil fraldas que demorarão 450 anos para se degradarem cada uma!
Conto pra vocês em alguns meses!!!

terça-feira, 8 de junho de 2010

Frivolidades

Quando eu estava com uns quatro meses de gravidez, jantávamos em um restaurante japonês e encontramos casualmente um casal de amigos. A noite foi uma delícia, muito papo, trocamos idéias sobre maternidade e paternidade e etc. Mas uma coisa me deixou encucada. A mulher do casal me disse que depois que foi mãe só conseguiu fazer as unhas quando a filha tinha dois anos. E que para o casamento sobreviver eu teria que ter uma babá de segunda a sexta-feira e outra para os finais de semana.
Confesso que fiquei assustada e achei um certo exagero... Mas fiquei tanto com isso na cabeça que no dia que cheguei da maternidade (dois dias após o parto), atravessei a rua e fui fazer as unhas... Lógico que minha mãe estava em casa e qualquer coisa me acionaria, mas virou compromisso, e sempre me viro para ir fazer a unha semanalmente, no máximo um intervalo de 10 dias. Aproveito a soneca do almoço, levo ele com o sling, deixo com o pai. Afinal, sou mãe assumida e muito feliz, mas não perdi certas frivolidades!
Acabo de chagar do salão... depois da caminhada até em casa (é em frente mas vou até o sinal para atravessar) Davi está em uma soneca deliciosa e ainda deu tempo de escrever este post!

segunda-feira, 7 de junho de 2010

Rituais para um sono melhor


Logo que fiquei grávida, um dos primeiros livros que tive contato foi Segredos de Uma Encantadora de Bebês, que propõe uma rotina estruturada para o bebê. Tive certeza que faria tudo exatamente como ela mandava. Mas em pouco tempo vi que cada pequeno tem sua forma de ser e decidi pela amamentação por livre demanda. Mas uma coisa que apreendi com o livro e que tem dado certo é o ritual do sono à noite.
Pode ser apenas porque o biorritimo dele seja certinho, mas não custa compartilhar. Após cada mamada tento fazer alguma "atividade", que inclui, um papo no colo, dançar no sling, colocar os brinquedinhos, uma ida ao terraço, uma massagem, ouvimos música. Depois tento fazer ele tirar uma soneca. Durante a manhã ele praticamente não dorme, mas mesmo assim tento. Aliás, se alguém tiver uma dica, será bem-vinda. Ao longo do dia coloco músicas mais animadas e às vezes uma instrumental, principalmente na mamada de 11h30 ou 12h. É que neste horário ele costuma tirar uma soneca grande.
Para entrar no clima da noite dou um banho de balde (entre 18 e 20 h). Procuro deixar o quarto com a luz mais fraca após 18h e só coloco músicas mais calmas. Evito brincadeiras para ele "aprender" que é noite, hora de dormir. No banho noturno, tento não conversar e vou falando que estamos nos preparando para o soninho. Tem dado certo, ele dorme bem à noite, acorda por volta das 23h e depois pelas 5h30... Lógico que se tiver algum incomodo, como reação à vacinas, pode mudar.
Outra descoberta que ajuda no soninho (principalmente o da mãe) é dar de mamar deitada. Ele e eu dormimos bem... Além disso, há uma troca de olhares deliciosa!
Essa dica quem me deu foi a Miriam Kênia, mãe do Otto. “De madrugada, eu dou de mamar deitada. É uma delícia. Só coloco para arrotar quando ele está incomodado, senão, nem precisa. Ele nem acorda, mama praticamente dormindo. Só da uma choramingada e eu coloco no peito e pronto. Acabou e dormimos. Muitas vezes, eu durmo enquanto ele mama e fica tudo certo”. Dito e feito, aderi total! Aliás, tenho trocado informações valiosas com essa mamãe! Tomara que em breve a gente promova o encontro de nosso bebezinhos!

domingo, 6 de junho de 2010

Estratégias para um bom banho


Se você pensa que eu vou ensinar como dar um bom banho em seu recém nascido, está enganado. Isso é fácil, você pode aprender com vídeos, apostilas e com as dicas das avós, amigas e vizinhas. Você vai se sair muito bem nesta tarefa. O que será difícil, após o nascimento do seu bebê, é tomar um banho relaxante que dure mais que cinco minutos, ainda mais se você optou pela amamentação como alimentação exclusiva de seu pimpolho.
Bem, nos primeiros 45 dias foi fácil, com a retaguarda da minha mãe para olhar Davi enquanto, na sonequinha do meleque tomava um banho de, digamos, uns dez minutos no máximo. Mas quando a vida “volta ao normal” e nem sempre tem alguém em casa, seu marido está no trabalho, a empregada já foi embora ou ainda não chegou, conseguir tomar um banho pode ser uma verdadeira aventura. Pelo menos pra mim, que fico de coração partido ao ouvir choro de nenem! Nunca deixo ele se esgoelando no berço! (hum, isso rende um outro post).
Agora que Davi está com dois meses e meio, mais espertinho, durante o dia, já experimentei deixá-lo no bebê conforto, numa cadeira na porta do banheiro...enquanto isso tomava um banho cantando, para ele saber que não estava sozinho. Essa estratégia, no final das contas foi bem tensa, e acho que é só uma solução extrema.
O que fazer então? Primeiro conhecer o padrão de sono da sua cria.... tudo bem, muda muitas vezes, mas tem um padrão que se repete, na maior parte dos dias... No caso de Davi, é logo após a primeira mamada da manhã (entre 5h30 e 6h30) que ele tira uma sonequinha, senão, só na hora do almoço... Tenho feito o seguinte. Após o banho dele, por volta das 10h (a depender da hora da última mamada), aproveito que ele ficou relaxado, dou mamá, coloco para arrotar e deixo ele no berço...acaba dormindo um pouco... Dá para tirar uns 20 minutos pra você usar como quiser. Se não der, é aproveitar o sono do almoço mesmo e deixar de ouvir o noticiário, responder emails e outros pequenos mimos!
Nos finais de semana, aí sim... Luciano coloca sempre ele para arrotar, e sobram uns minutos para fazer minhas coisas, inclusive escrever este post... Mas é bom eu acabar por aqui e aproveitar os 10 minutos restantes para o segundo banho do dia, privilégio de poucas mães de bebezinhos!

Mãe Canguru – novas redes...


Um presente pode gerar movimentos interessantes em nossas vidas. Logo que soube que estava grávida, Débora, uma amiga que mora em Brasília, disse que o canguru era presente dela. Já tinha me apaixonado pela foto de Otto, filho de Miriam Kênia, uma amiga que mora em Sampa e é uma mãe pra lá de descolada. Enfim, pouco depois de um mês do nascimento de nosso pimpolho chega o belo presente (foto). Branco e azul, bem charmoso. Confesso que estava ansiosa para experimentar.

Marinheira de primeira viagem, achei que estava grande, mas fiquei insegura. Usei com o Davi mas desconfiava que ele estava muito embaixo. Comecei então uma jornada para apurar o que pudesse. Telefonemas e trocas de emails com amigas que "entendem" do assunto, pesquisa na internet, com direito a acessar vídeos, artigos, blogs e entrevistas sobre slings (o nome, em inglês, para os carregadores de bebês utilizados há séculos). O mais legal é que mapliei minha rede de contatos. Em Salvador descobri a Chenia, mãe de Zaya. Ela se apaixonou tanto por esta forma de carregar bebê que hoje fabrica uma linha de slings (de argola, pouch e wrap). Liguei para ela e acabei indo assistir uma palestra sobre o assunto, com Luciano e Davi.

No Rio conheci Rosane Dias, uma avó coruja de duas gêmeas que estão com pouco mais de quatro meses. Carioca típica, ela é a fabricante do sling que ganhei de Déb, e não só trocou emails, como me mandou material sobre posições para colocar o bebê no carregador. Ontem estreei o sling que ela me mandou de presente, azul, em tecido bem leve. O que ganhamos da Deb ficou com Luciano, que tem usado. Eu, agora, estou com dois, o que compramos na Umbiguinho (da Chenia) e o que veio de presente. Acho que terei uma coleção...

Tudo isso para dizer que um filho, além de fraldas, choros, risos e felicidade, proporciona a oportunidade de descobrirmos temas novos, pessoas interessantes, enfim, de nos reciclarmos! Por enquanto tenho usado em casa, ao menos uma vez por dia e para pequenas saídas, mas pretendo começar pequenas caminhadas com Davi. Assim ficamos ambos felizes: ele aconchegado na mãe e eu, podendo sair de casa e dar uma arejada, nem que seja uma ida à locadora, ao salão, ou uma simples volta no quarteirão...

sexta-feira, 4 de junho de 2010

Descobertas



Há 70 dias meu cotidiano é um emaranhado de descobertas. Meus dias nunca mais foram os mesmos, graças ao nascimento de Davi, meu filho tão amado e esperado! Agora mesmo, enquanto escrevo este primeiro post, ele está aconchegado em mim num sling, descoberta recente em minha vida.

Lógico que já tinha visto várias “mães-cangurus” perambulando charmosamente pelas ruas de cidades como Rio e São Paulo, e até mesmo em filmes no cinema, mas não entendia o contexto em que era usado: garantir ao seu rebento uma transição tranquila da vida no útero para a vida externa, em nosso mundo. Dessa forma, banho de balde, massagem e outras “técnicas” e truques simplesmente passaram a fazer parte de minha vida...

Tudo começou no dia 26 de março. Acordei por volta das 4h da manhã com uma cólica intensa. Como estava com 36 semanas de gravidez, (ainda faltavam três semanas para o nascimento, segundo detectou a primeira ultrassonografia), achei pouco provável que fosse a hora. Mas quando fui ao banheiro e senti um líquido descendo temi que a bolsa tivesse estourado. Para ser sucinta: a bolsa estava rôta. Mesmo assim, meu médico, Dr. João Paulo, disse que poderíamos tentar induzir o parto natural, como eu desejava. Ele ponderou que seria muito difícil, já que aumentava o risco de infecção. O limite seria 17h. Eram umas 9h.

Acomodada num quarto da maternidade do Português, aqui em Salvador, já sabendo que havia placenta, mas que Davi ainda não tinha “descido”, apelei para os exercícios de yoga que lembrava que poderiam ajudá-lo a se encaixar. Às 13h foi feita a indução, com um comprimido. Mais exercícios, principalmente de respiração. Neste momento minha mãe tentava chegar em Salvador... Ela chegaria quatro dia depois, com tempo de folga pra me ajudar nos preparativos, mas nesta nova vida nem sempre o planejado ocorre!!!

Bom, mas o trabalho de parto começou por volta das 16h, na sala de parto natural, e como eram 17h e Davi não tinha nascido, o médico decidiu me mudar de maca e levar para a sala de cesária. “Aos 45 minutos do segundo tempo”, como brincou o meu médico, às 17h20 nascia Davi. O choro forte, bem grandinho, 47 cm, 3.250 gramas. Foi amor à primeira vista. Fiquei frustrada por não poder colocá-lo logo no seio, para amamentar, Tive que me separar dele (que foi para o neonatal), triste, mas ao mesmo tempo feliz e exausta, por ter conseguido o parto natural. Meu marido ficou literalmente na torcida, quando viu que nasceria, ficava gritando... Vai amor, vai...
Mas não criei este espaço para contar cada detalhe de nossa nova vida, de nossa redescoberta do mundo, que agora está mais colorido por uma criança que tem nos ensinado muito!

A ideia é, a partir de hoje, escrever diariamente sobre temas diversos, alémm de compartilhar um pouco da experiência da maternidade com outras mães de primeira viagem e amigos.

Espero que gostem!