terça-feira, 15 de junho de 2010

Cólica e futebol

Tem algo que incomoda mais um bebê, e todos os adultos que estão em volta, que a famigerada cólica? Davi teve bastante nas primeiras semanas, quando por orientação da pediatra do neonatal dava uma mamadeira de NAN pela noite. Assim, além de cólica ficava dias sem fazer cocô... Depois que a pediatra pediu para suspender o NAN e manter o leite materno exclusivo as cólicas melhoraram significativamente. Agora tem eventualmente, e as crises geralmente acontecem quando o dia foi agitado, se a casa tiver cheia, com gente falando alto. Hoje, como teve jogo do Brasil, o dia está atípico. Nem mesmo pela manhã, quando fomos dar uma slingada até a orla, conseguimos fugir do barulho. E dá-lhe buzina, bombas, etc.
Resultado, ele que já não é de dormir de dia, ficou acordado e bem irritado. Na aula de Ioga, no primeiro tempo (que pelo visto valeu a pena perder), deu uma relaxada, mas foram começar os fogos para ficar nervoso novamente. Só agora, depois do jogo, passada a segunda crise de cólica do dia, conseguiu dormir...já se foram 50 minutos desde que pegou no sono!
Aff!!! Estou satisfeita como resultado do jogo, principalmente com o segundo gol de Elano, que teve participação decisiva de Robinho. Eu e Davi estamos devidamente vestidos como torcedores, mas confesso, pela saúde e bem-estar de meu pequeno, que prefiro dias normais, que deixem meu pimpolho menos estressado....
Amanhã prometo um texto mais bem-humorado
BRASIL!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!

segunda-feira, 14 de junho de 2010

Museu da criança, sonho tornado realidade


Há 10 anos a pedagoga Susan Murray realizou um sonho, fundou o Museu For the Children (Museu da Criança), localizado em uma simpática casa, com muito verde e espaços lúdicos, no bairro de Patamares, em Salvador. Ontem foi a segunda vez que fomos lá e tivemos um domingo delicioso. É verdade que Davi ainda não pode brincar no espaço que conta também com uma biblioteca, mas fomos a um encontro de pais (que será motivo de futuro texto).
Voltando ao museu.
Susan, apesar do sotaque e da aparência, faz questão de destacar que é brasileiríssima. Filha de norte-americanos, nasceu no final da segunda guerra em Manaus (AM). Com seis semanas de vida, os pais, um médico e uma enfermeira, voltaram para os Estados Unidos. Foi criada no Sul de seu país. Segundo ela, não tinha lugar pior, tanto em razão do machismo como em razão do sexismo. “Eu, como mulher e filha de médico não podia fazer o que todas faziam, recorda”. Aos 21 anos, quando concluiu a faculdade, para realizar o sonho de vir ao Brasil, inscreveu-se num programa em que jovens norte-americanos vinham atuar junto a comunidades carentes do interior do Brasil. Foi para o Rio Grande do Norte. “Enquanto todos estava deslumbrados por pisar em solo brasileiro, desci do avião e me senti em casa”, recorda. Após voltar para o País onde nasceu, acabou vindo para a Bahia, onde montou o projeto de seus sonhos. “Nos Estados Unidos, toda criança tem um espaço onde pode ir para brincar com os pais. Pensei em fazer algo semelhante”, revela.
A proposta do espaço é garantir cultura e divertimento a crianças de diferentes classes sociais, raças e cores, promovendo seu enriquecimento sociocultural. Assim, a criançada pode interagir com brinquedos como uma cama d´água, no jardim, uma bacia “didática” com objetos que flutuam ou que boiam, imagens na parede que ensinam o que é ilusão de ótica, a réplica de uma venda do interior com comidinhas, frutas e verduras, um fóssil de dinossauro (réplica) no quintal, entre outros que a criançada vai descobrindo. Além de visitas de escolas públicas e particulares, o espaço está aberto para aniversários (mas deixa claro que não é um buffet infantil) e encontros.
Vale a pena conferir e conversar com esta sonhadora que é Susan. Aliás, ela está tocando também um projeto social. “Museu Móvel”, que leva ao interior um pouco do Museu da Criança. “Comecei a conhecer o Brasil pelo interior e é a minha paixão”, conta.
Aos que moram em Salvador, vale conferir, uma boa alternativa mesmo para dias chuvosos! Quem mora em outra cidade, quando estiver passeando por estas bandas pode lembrar da dica. O site do espaço é o www.forthechildrenmuseu.org.

Calça-Enxuta III

Deu certo com a de velcro! Ficou parecendo um shorte, um charme só! A perna (por onde vasou a outra) ficou fechadinha!!! Usou da hora que acordou (por volta das 6h30) até a hora do banho. E a fralda "segurou" xixi e um pouco de cocô!!!). Assim damos nossa contribuição para o Planeta, menos fraldas descartáveis nos lixões de Salvador.

Calça-Enxuta II

Hoje foi uma manhã deliciosa. Salvador estava fresquinho, Luciano foi trabalhar, a empregada de folga... a casa era minha e de Davi. Dei banho no moleque, coloquei um filme no DVD e ficamos aconchegados. Resolvi estrear a calça-enxuta. Marinheira de primeira viagem que sou, além de rechear a calça plástica com fralda de pano coloquei no Davi uma fralda à moda antiga. Resultado, além de ter ficado enorme, vazou tudo...Uma comédia. Como a tarde saímos, voltamos para as descartáveis... Depois tento novamente e conto como foi! Bom final de domingo, amanhã escrevo mais. O dia foi corrido, cheio de atividades para o pequeno e pra mim!

sábado, 12 de junho de 2010

Nostalgia


Hum, tava aqui curtindo o frescor deste 12 de junho (a temperatura baixou aqui em Salvador e está ventando bem gostoso!) e lembrei da barriga do Davi. Deu uma nostalgia... tava vendo várias fotos durante a gravidez, então,resolvi postar uma, tirada por Iraildes Mascarenhas, uma amiga fotógrafa!

Calça-Enxuta

Outro dia escrevi sobre a preocupação em amenizar o impacto ambiental da fralda descartável, além de procurar marcas mais “amigas do verde”, que utilizam menos celulose, etc, as tradicionais fraldas de pano são uma alternativa. Já encomendei umas fraldas de panos e absorventes moderninhas, ecológicas, e estou no aguardo.
Hoje Luciano foi ao centro da cidade para comprar a primeira calça-enxuta de Davi. Aqui na Pituba e nos Shoppings não tem de jeito nenhum....Imagina, usar fralda de pano. Poucos da classe média estão dispostos. Bem, mas a busca foi frutífera, e agora Davi conta com quatro modelos diferentes: dois plastificados e dois em tecido, duas com fechamento em botão e duas com velcro. Apenas duas poderão ser usadas agora, as outras são maiores. Em breve conto o resultado, quem sabe posto uma foto.
O preço variou de R$ 2,70 a R$ 9,0 a unidade e as embalagens sugerem que o porta fraldas seja recheado com fralda de pano tradicional. Quando chegar a encomenda vou experimetnar também com os absorventes ecológicos, que prometem ser mais eficientes. Veremos.
Mas já que estamos falando de fraldas, entrei esta semana num grupo de discussões do yahoo sobre o tema. Fiquei impressionada com minha falta de conhecimento sobre o assunto. Ainda sou apenas leitora das discussões, mas não faltam dicas sobre como lavar fraldas, como colocá-las, etc. Além de outras coisas práticas como dicas para tratar e evitar assaduras. As participantes têm perfil eclético, das mães ecológicas, que não usam descartáveis, a mães como eu, que estão mesclando os tipos de fraldas. Acho que a Natureza e pele de Davi agradecerão!
Bom, vou nessa, que o pequeno dorme e quero aproveitar o tempo livre para namorar. Afinal, hoje é dia, e nem mesmo mãe de primeira viagem é de ferro!

sexta-feira, 11 de junho de 2010

Descobrindo as mãos


Tem coisa melhor que ver seu filhote de dois meses e meio descobrindo as mãos? Tocar objetos, sentir texturas, puxar o seu peito e ficar com raiva porque tiraram o leitinho dele? Não tem livro que descreva a sensação que é!
Musica e vozes encantam Davi desde que chegou em casa. Também, na gravidez toda ele ouviu música e conversou comigo e o pai dele... Vai ver que é por isso que já conversa com meus seios, e sozinho, no berço!!!
Além de tocar as coisas agora ele consegue se acalmar sozinho com as mãos na boca, sem pedir peito sem estar com fome! Impressionante como funciona o instinto...
Por falar em instinto, resolvi colocar aqui texto (editado) que li outro dia no blog da Nádia, aqui em Salvador (Mãe e Muito Mais – que está em minha lista). O texto fala sobre gestação extra-útero!
Me identifiquei totalmente e compartilho com vocês!

O Quarto Trimestre que Falta na Gestação
A teoria do Dr. Karp baseia-se no fato de que os recém-nascidos humanos não são como os de outros mamíferos, capazes de caminhar e correr no primeiro dia de vida. Nossos Recem Nascidos (RN's) são "imaturos", mais parecidos com fetos que com bebês mais velhos, já que passam a maior parte do tempo dormindo e alimentando-se.
Segundo Krap, os RN's humanos seriam imaturos porque nossa sobrevivência depende de cérebros grandes, então eles são "expulsos" do útero antes de estarem completamente prontos (a cabeça de um bebê de 3 meses de idade não passaria pelo canal vaginal).
Assim, é benéfico para o bebê, nos primeiros 3 meses de vida, tenha a sensação de voltar ao útero sempre que a vida aqui fora estivesse difícil. Como não somos cangurus, o que podemos fazer é tornar o ambiente extra-útero o mais parecido possível com o intra-uterino.
Como é lá no útero ?
O bebê no útero fica apertadinho, na posição fetal, envolvido por uma parede uterina morninha, sendo balançado para frente e para trás a maior parte do tempo. Ele também estava ouvindo constantemente um barulho "shhhh shhhh", mais alto que o de um aspirador de pó (o coração e os intestinos da mãe).
A reprodução das condições do ambiente uterino leva a uma resposta neurológica profunda "o reflexo calmante".
Da mesma forma que o martelinho no joelho só leva ao reflexo de levantar a perna se o médico bater no local específico, os métodos para acalmar o bebê só funcionam se forem feitos da forma correta. Quando aplicados corretamente, os sons e sensações do útero têm um efeito tão poderoso que podem relaxar um bebê no meio de uma crise de choro.
10 Maneiras de Reproduzir o Ambiente Uterino
1. Segurar o bebê
2. Dançar com o bebê
3. Embalar o bebê
4. Embrulhar o bebê bem apertadinho
5. Ligar um barulho contínuo (shh shh) ou cantar
6. Passear no carro
7. Caminhar com o bebê
8. Amamentar
9. Dar ao bebê algo para sugar
10. Colocar o bebê num balanço

Que pílula que nada!!! Revolução Feminina tem outro nome!!!


Hoje foi nossa terceira aula de Ioga. Semana passada eu e Davi começamos com Anne Sobotta uma aula que tem como proposta uma “maternidade saudável e humanizada”. Como é de se imaginar, a criança e a mamãe têm que se adaptar ao novo ambiente e à situação (os dois sempre juntinhos) para conseguir praticar as posições, toques, e interações.
Davi, na primeira, aula, semana passada, dormiu grande parte do tempo, mas curtiu um pouco da massagem Shantala. Eu, consegui fazer alguns movimentos e posições, desenferrujando um pouco e tendo idéias para me exercitar em casa. Também conheci outras duas mães e suas crias. Na terça passada, segunda aula, Davi praticamente mamou! O tempo todo com ele no peito, fiz pouca coisa, mas mesmo assim gostei da sintonia entre a gente, cada vez mais fina.
Hoje, definitivamente foi a melhor aula, Davi chegou animado e acordado, conseguiu participar da aula por 20 minutos (são 45, no total), mas depois de uma dor de barriga ficou irritado e acabou querendo mamar (tem coisa melhor pra passar a dor?)...resultado. A Anne olhou pro meu sling e perguntou: “Ele mama deitado no sling?” Eu respondi: “Já fizemos umas três vezes”. Ela: Vamos tentar que dá para algumas posições com ele junto!
Conseguimos! Liberdade!!! E dizem que a revolução feminina tem como marcas a pílula anticoncepcional e sair pela rua sem sutiã... Nada como um sling que te deixa livre para “malhar”, “relaxar”, “escrever”, e até aproveitar a sinergia da respiração mamãe/bebê, para uma meditação diferente (veja foto)!
Em outra oportunidade farei uma entrevista com Anne para falarmos mais sobre Yoga e pós-parto e Yoga e o desenvolvimento do bebê!
Namastê!

quarta-feira, 9 de junho de 2010

Fraldas e ecologia


O primeiro dos inúmeros conselhos que a gente recebe quando descobre que será mãe é: “Faça um chá de fraldas, você vai usar milhares, pelo menos por dois anos!” E lá se vão relatos de quem usou as fraldas que ganhou um ano e tal... Bem, segui o conselho e fiz dois chás de fraldas. Em BH ofereci um delicioso brunch aos amigos, uma ótima oportunidade de matar as saudades em momento delicioso! Outro aqui em Salvador, um lanche da tarde, com bolo, salgadinhos, refri e cerveja. Ótimo para reencontrar os amigos e mostrar o barrigão.
Não fiz as contas, realmente quis seguir o ritual e arrumar uma desculpas para encontrar os amigos, mas desconfio que o custo da realização de tais eventos fica praticamente o mesmo do investimento em pacotes de fraldas. Mas valeu partilhar a felicidade de estar carregando um neném que em poucos meses mudaria nossas vidas. Foi só em março, com o nascimento do Davi, que me dei conta do quão poluentes são as fraldas descartáveis, além de deixar pouco tempo para a pele do bebê “respirar”... Segundo andei pesquisando, a criança utiliza, em média, em torno de seis mil fraldas descartáveis durante dois anos... Caramba... estou contribuindo com a destruição do meio ambiente!
Nem tanto, já que moramos em Salvador e sempre deixo Davi peladinho, por umas duas horas, brincando em cima de um trocador fininho (plastificado) forrado por uma fralda.
Mas é pouco, semana passada encomendei umas fraldas moderninhas, tipo calça enxuta, em pano e que são usadas com absorventes ecológicos... Espero assim diminuir o uso das descartáveis, deixando para quando sairmos de casa e para a noite... Ainda tenho muito o que aprender, tem pano biodegradável, lenços de limpeza e fraldas descartáveis, uma infinidade de produtos, mas ainda pouco acessível à população.
Minha consciência não é tão pesada já que separamos o lixo, não fumo, não dirijo todos os dias (agora por força maior, mas em condições normais, sempre que dá pego um ônibus, para fazer entrevistas ou outras coisas). Espero deixar de herança para a Natureza bem menos que seis mil fraldas que demorarão 450 anos para se degradarem cada uma!
Conto pra vocês em alguns meses!!!

terça-feira, 8 de junho de 2010

Frivolidades

Quando eu estava com uns quatro meses de gravidez, jantávamos em um restaurante japonês e encontramos casualmente um casal de amigos. A noite foi uma delícia, muito papo, trocamos idéias sobre maternidade e paternidade e etc. Mas uma coisa me deixou encucada. A mulher do casal me disse que depois que foi mãe só conseguiu fazer as unhas quando a filha tinha dois anos. E que para o casamento sobreviver eu teria que ter uma babá de segunda a sexta-feira e outra para os finais de semana.
Confesso que fiquei assustada e achei um certo exagero... Mas fiquei tanto com isso na cabeça que no dia que cheguei da maternidade (dois dias após o parto), atravessei a rua e fui fazer as unhas... Lógico que minha mãe estava em casa e qualquer coisa me acionaria, mas virou compromisso, e sempre me viro para ir fazer a unha semanalmente, no máximo um intervalo de 10 dias. Aproveito a soneca do almoço, levo ele com o sling, deixo com o pai. Afinal, sou mãe assumida e muito feliz, mas não perdi certas frivolidades!
Acabo de chagar do salão... depois da caminhada até em casa (é em frente mas vou até o sinal para atravessar) Davi está em uma soneca deliciosa e ainda deu tempo de escrever este post!

segunda-feira, 7 de junho de 2010

Rituais para um sono melhor


Logo que fiquei grávida, um dos primeiros livros que tive contato foi Segredos de Uma Encantadora de Bebês, que propõe uma rotina estruturada para o bebê. Tive certeza que faria tudo exatamente como ela mandava. Mas em pouco tempo vi que cada pequeno tem sua forma de ser e decidi pela amamentação por livre demanda. Mas uma coisa que apreendi com o livro e que tem dado certo é o ritual do sono à noite.
Pode ser apenas porque o biorritimo dele seja certinho, mas não custa compartilhar. Após cada mamada tento fazer alguma "atividade", que inclui, um papo no colo, dançar no sling, colocar os brinquedinhos, uma ida ao terraço, uma massagem, ouvimos música. Depois tento fazer ele tirar uma soneca. Durante a manhã ele praticamente não dorme, mas mesmo assim tento. Aliás, se alguém tiver uma dica, será bem-vinda. Ao longo do dia coloco músicas mais animadas e às vezes uma instrumental, principalmente na mamada de 11h30 ou 12h. É que neste horário ele costuma tirar uma soneca grande.
Para entrar no clima da noite dou um banho de balde (entre 18 e 20 h). Procuro deixar o quarto com a luz mais fraca após 18h e só coloco músicas mais calmas. Evito brincadeiras para ele "aprender" que é noite, hora de dormir. No banho noturno, tento não conversar e vou falando que estamos nos preparando para o soninho. Tem dado certo, ele dorme bem à noite, acorda por volta das 23h e depois pelas 5h30... Lógico que se tiver algum incomodo, como reação à vacinas, pode mudar.
Outra descoberta que ajuda no soninho (principalmente o da mãe) é dar de mamar deitada. Ele e eu dormimos bem... Além disso, há uma troca de olhares deliciosa!
Essa dica quem me deu foi a Miriam Kênia, mãe do Otto. “De madrugada, eu dou de mamar deitada. É uma delícia. Só coloco para arrotar quando ele está incomodado, senão, nem precisa. Ele nem acorda, mama praticamente dormindo. Só da uma choramingada e eu coloco no peito e pronto. Acabou e dormimos. Muitas vezes, eu durmo enquanto ele mama e fica tudo certo”. Dito e feito, aderi total! Aliás, tenho trocado informações valiosas com essa mamãe! Tomara que em breve a gente promova o encontro de nosso bebezinhos!

domingo, 6 de junho de 2010

Estratégias para um bom banho


Se você pensa que eu vou ensinar como dar um bom banho em seu recém nascido, está enganado. Isso é fácil, você pode aprender com vídeos, apostilas e com as dicas das avós, amigas e vizinhas. Você vai se sair muito bem nesta tarefa. O que será difícil, após o nascimento do seu bebê, é tomar um banho relaxante que dure mais que cinco minutos, ainda mais se você optou pela amamentação como alimentação exclusiva de seu pimpolho.
Bem, nos primeiros 45 dias foi fácil, com a retaguarda da minha mãe para olhar Davi enquanto, na sonequinha do meleque tomava um banho de, digamos, uns dez minutos no máximo. Mas quando a vida “volta ao normal” e nem sempre tem alguém em casa, seu marido está no trabalho, a empregada já foi embora ou ainda não chegou, conseguir tomar um banho pode ser uma verdadeira aventura. Pelo menos pra mim, que fico de coração partido ao ouvir choro de nenem! Nunca deixo ele se esgoelando no berço! (hum, isso rende um outro post).
Agora que Davi está com dois meses e meio, mais espertinho, durante o dia, já experimentei deixá-lo no bebê conforto, numa cadeira na porta do banheiro...enquanto isso tomava um banho cantando, para ele saber que não estava sozinho. Essa estratégia, no final das contas foi bem tensa, e acho que é só uma solução extrema.
O que fazer então? Primeiro conhecer o padrão de sono da sua cria.... tudo bem, muda muitas vezes, mas tem um padrão que se repete, na maior parte dos dias... No caso de Davi, é logo após a primeira mamada da manhã (entre 5h30 e 6h30) que ele tira uma sonequinha, senão, só na hora do almoço... Tenho feito o seguinte. Após o banho dele, por volta das 10h (a depender da hora da última mamada), aproveito que ele ficou relaxado, dou mamá, coloco para arrotar e deixo ele no berço...acaba dormindo um pouco... Dá para tirar uns 20 minutos pra você usar como quiser. Se não der, é aproveitar o sono do almoço mesmo e deixar de ouvir o noticiário, responder emails e outros pequenos mimos!
Nos finais de semana, aí sim... Luciano coloca sempre ele para arrotar, e sobram uns minutos para fazer minhas coisas, inclusive escrever este post... Mas é bom eu acabar por aqui e aproveitar os 10 minutos restantes para o segundo banho do dia, privilégio de poucas mães de bebezinhos!

Mãe Canguru – novas redes...


Um presente pode gerar movimentos interessantes em nossas vidas. Logo que soube que estava grávida, Débora, uma amiga que mora em Brasília, disse que o canguru era presente dela. Já tinha me apaixonado pela foto de Otto, filho de Miriam Kênia, uma amiga que mora em Sampa e é uma mãe pra lá de descolada. Enfim, pouco depois de um mês do nascimento de nosso pimpolho chega o belo presente (foto). Branco e azul, bem charmoso. Confesso que estava ansiosa para experimentar.

Marinheira de primeira viagem, achei que estava grande, mas fiquei insegura. Usei com o Davi mas desconfiava que ele estava muito embaixo. Comecei então uma jornada para apurar o que pudesse. Telefonemas e trocas de emails com amigas que "entendem" do assunto, pesquisa na internet, com direito a acessar vídeos, artigos, blogs e entrevistas sobre slings (o nome, em inglês, para os carregadores de bebês utilizados há séculos). O mais legal é que mapliei minha rede de contatos. Em Salvador descobri a Chenia, mãe de Zaya. Ela se apaixonou tanto por esta forma de carregar bebê que hoje fabrica uma linha de slings (de argola, pouch e wrap). Liguei para ela e acabei indo assistir uma palestra sobre o assunto, com Luciano e Davi.

No Rio conheci Rosane Dias, uma avó coruja de duas gêmeas que estão com pouco mais de quatro meses. Carioca típica, ela é a fabricante do sling que ganhei de Déb, e não só trocou emails, como me mandou material sobre posições para colocar o bebê no carregador. Ontem estreei o sling que ela me mandou de presente, azul, em tecido bem leve. O que ganhamos da Deb ficou com Luciano, que tem usado. Eu, agora, estou com dois, o que compramos na Umbiguinho (da Chenia) e o que veio de presente. Acho que terei uma coleção...

Tudo isso para dizer que um filho, além de fraldas, choros, risos e felicidade, proporciona a oportunidade de descobrirmos temas novos, pessoas interessantes, enfim, de nos reciclarmos! Por enquanto tenho usado em casa, ao menos uma vez por dia e para pequenas saídas, mas pretendo começar pequenas caminhadas com Davi. Assim ficamos ambos felizes: ele aconchegado na mãe e eu, podendo sair de casa e dar uma arejada, nem que seja uma ida à locadora, ao salão, ou uma simples volta no quarteirão...

sexta-feira, 4 de junho de 2010

Descobertas



Há 70 dias meu cotidiano é um emaranhado de descobertas. Meus dias nunca mais foram os mesmos, graças ao nascimento de Davi, meu filho tão amado e esperado! Agora mesmo, enquanto escrevo este primeiro post, ele está aconchegado em mim num sling, descoberta recente em minha vida.

Lógico que já tinha visto várias “mães-cangurus” perambulando charmosamente pelas ruas de cidades como Rio e São Paulo, e até mesmo em filmes no cinema, mas não entendia o contexto em que era usado: garantir ao seu rebento uma transição tranquila da vida no útero para a vida externa, em nosso mundo. Dessa forma, banho de balde, massagem e outras “técnicas” e truques simplesmente passaram a fazer parte de minha vida...

Tudo começou no dia 26 de março. Acordei por volta das 4h da manhã com uma cólica intensa. Como estava com 36 semanas de gravidez, (ainda faltavam três semanas para o nascimento, segundo detectou a primeira ultrassonografia), achei pouco provável que fosse a hora. Mas quando fui ao banheiro e senti um líquido descendo temi que a bolsa tivesse estourado. Para ser sucinta: a bolsa estava rôta. Mesmo assim, meu médico, Dr. João Paulo, disse que poderíamos tentar induzir o parto natural, como eu desejava. Ele ponderou que seria muito difícil, já que aumentava o risco de infecção. O limite seria 17h. Eram umas 9h.

Acomodada num quarto da maternidade do Português, aqui em Salvador, já sabendo que havia placenta, mas que Davi ainda não tinha “descido”, apelei para os exercícios de yoga que lembrava que poderiam ajudá-lo a se encaixar. Às 13h foi feita a indução, com um comprimido. Mais exercícios, principalmente de respiração. Neste momento minha mãe tentava chegar em Salvador... Ela chegaria quatro dia depois, com tempo de folga pra me ajudar nos preparativos, mas nesta nova vida nem sempre o planejado ocorre!!!

Bom, mas o trabalho de parto começou por volta das 16h, na sala de parto natural, e como eram 17h e Davi não tinha nascido, o médico decidiu me mudar de maca e levar para a sala de cesária. “Aos 45 minutos do segundo tempo”, como brincou o meu médico, às 17h20 nascia Davi. O choro forte, bem grandinho, 47 cm, 3.250 gramas. Foi amor à primeira vista. Fiquei frustrada por não poder colocá-lo logo no seio, para amamentar, Tive que me separar dele (que foi para o neonatal), triste, mas ao mesmo tempo feliz e exausta, por ter conseguido o parto natural. Meu marido ficou literalmente na torcida, quando viu que nasceria, ficava gritando... Vai amor, vai...
Mas não criei este espaço para contar cada detalhe de nossa nova vida, de nossa redescoberta do mundo, que agora está mais colorido por uma criança que tem nos ensinado muito!

A ideia é, a partir de hoje, escrever diariamente sobre temas diversos, alémm de compartilhar um pouco da experiência da maternidade com outras mães de primeira viagem e amigos.

Espero que gostem!