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sábado, 30 de outubro de 2010

Sala de amamentação I

Na sala de amamentação de um shopping de Salvador ouço a seguinte pérolas de uma moça - simpática por sinal - com um bebê de um mês que berrava de "fome". "Eu não tenho leite...o pediatra mandou complementou (com Nan) e disse para eu dar o peito só pela manhã e à noite, para ele dormir. Argumentei que quanto mais ela amamentar mas produzirá leite, mas a resposta foi enfática. "Uma amiga quase perdeu o filho desidratado. Ela pensava que tinha leite e não tinha".
Enfim, fiquei calada, com a tal cara de paisagem. Infelizmente ela deverá dar peito no máximo até dois ou três meses, o bebê vai acostumar e gostar mesmo da mamadeira. Quanto ao choro de "fome", imagine um bebê de um mês, andando solto, em um carrinho, no shopping. Nem no colo estava.... Mas cada um dá o acalento que sabe ou pode dar.... e viva o colo, o sling, a amamentação e todas as outras coisas que dão acalento ao bebê que acaba de chegar do útero e estranha um mundo tão tão grande, cheio de informações a serem decifradas...
Shopping, com um mês? Davi foi pela primeira vez em um pequeno (Ponteio Lar Shopping, em BH), para comprarmos um brinquedo, com três para quatro meses... Desde então deve ter ido menos de dez vezes, com muito orgulho. Eu não gosto de shopping, nem meu marido, e queremos passar outros valores além do consumismo... Lógico que iremos de vez em quando, mas sempre com alguma atividade, para comprar, lanchar ou ir ao cinema, nunca só para "passear", para isso tem praias, parques, calçadão, etc. Ainda mais morando num país  como o Brasil, com tantos atrativos.

Bom final de semana!

sexta-feira, 25 de junho de 2010

Enxoval: essencial e supérfluo

Nunca fui muito consumista e sinceramente pretendo transmitir ao Davi este valor. Há muitas coisas mais importantes no mundo, como atividades artísticas, intelectuais e o convívio com amigos, que o consumo de bens materiais. Eu e Luciano conversamos muito isso, que os presentes terão datas certas: dia das crianças, aniversário e Natal, e que evitaremos ficar banhando ele de presentes ao longo do ano. Lógico que roupas e outras peças vão sendo compradas a partir da necessidade, mas nada de exageros.
Ainda na gravidez li um artigo que confirmou essa minha preocupação. A psicóloga, cujo nome não lembro neste momento, comentou que crianças que não convivem na infância com a frustração (e isso inclui não ter o brinquedo que pediu à mãe ou avó), terão mais dificuldades, quando adultos, para enfrentar perdas, comuns na vida de qualquer um. Além disso, a vida é um aprendizado desde que saímos do útero e cada um tem que ser criado dentro de sua realidade.
Mas me alonguei num “nariz de cera”* e não fui direto ao “lide”*. Voltemos ao enxoval. Para falar a verdade não fiquei tão ansiosa com o enxoval de Davi. Nunca achei que fosse necessário muita coisa, além do quarto montado e itens para higiene do neném (banheira, potes para algodão e cotonete, garrafa térmica). É verdade que alguns itens acabamos comprando depois do nascimento do Davi, pois demoramos um pouco, mas fazendo um balanço hoje, acho que acertamos na quantidade de itens. Mas eu compraria mais lençóis com elástico e fronhas, ao invés de conjuntos completos e lindos. Afinal, durante muitos meses o bebê não vai se cobrir com o lençol de cima...
Comprei a banheira de banho com suporte, mas sem o trocador, que achava besteira. Hoje, como o quarto do Davi é pequeno, teria comprado a cômoda e a banheira completa, afinal, sozinha em casa com o bebê, ajuda muito...mas vá lá...dizem que daqui há uns meses o banho será mesmo no boxe do banheiro com a banheira no chão. Também teria comprado o balde para o banho noturno antes dele nascer... O kity berço, é mais decorativo, mas também protege o neném de se bater no berço. É o que dará o tom na decoração.
A babá eletrônica não comprei... moramos num apartamento pequeno, dois quartos. Sempre lembrava do texto que li no blog de um pai (quando Davi ainda estava na barriga) que dizia algo como. “Se seu filho precisar de você, você irá escutar”. Acho que seria útil quando você está na casa de alguém... para deixá-lo em um cantinho mais silencioso... Uma forma de você se certificar que ele está dormindo ou sossegado sem ficar toda hora indo e voltando para vê-lo.
Itens essenciais são as fraldas descartáveis (teria comprado mais pacotes de RN, difíceis de encontrar), muitas de pano, que têm função multiuso, e os paninhos de boca, que eu achava uma frescura mas agora uso sempre, e vários por dia.
Tem também a tal da bolsa da mamãe... Tem gente que compra duas, uma grande o outra pequena...eu optei apenas pela maior, em tom neutro, para usar em saídas rápidas e mais longas, ou até em viagem. Acho mais prático. Ainda do enxoval da mamãe, não acho tão necessária a camisola de amamentação ou o sutiã de amamentação, há modelos tradicionais que fazem a mesma serventia e são mais baratos...
Itens como mamadeiras, talheres, esterelizadores, potes para armazenar leite, acho melhor esperar o neném nascer, afinal, se tudo der certo ele só vai comer e beber outra coisa que não seja o leitinho da mamãe, aos seis meses. As lembrancinhas de visita, não comprei porque Davi nasceu antes do previsto, mas no final das contas, acho que se não tiver com dinheiro sobrando ou não dispor de tempo ou talento de você mesmo confeccionar, não faz falta.... quem sabe fica para o aniversário de um aninho, ou nem isso...

Ah, algodão, cotonetes, álcool, sabão de coco - ( que serve para limpar tudo: roupas, chupeta, brinquedos) - eu teria comprado muito mais e bem antes.... a gente usa que é uma beleza.... kkkk. Também teria comprado com antecedência o balde e as bacias para lavar a roupa do nenem e o cesto de roupa limpa.
Meias e sapatinhos perdem em velocidade relâmpago, ao menos o Davi... roupas não são necessárias muitas. Davi perdeu as primeiras agora, já com quase três meses, mas muitas crianças nem chegam a usar as menorzinhas....Eu teria comprado mais conjuntinhos de bodies com calça e casaquinho (de malha)...só comprei um, para sair da maternidade...., e nem saímos de lá com ela...só o sapatinho vermelho seguiu a tradição. Manta, umas três são mais que suficientes. Muitos bodies, algumas camisetinhas e calças de malha avulsa, ótimos pijamas...
Quem mora em Salvador, fuja da ideia das vendedoras do “kity saída da maternidade”, geralmente com manta de lã...que dificilmente usará aqui...a não ser que ligue o ar condicionado diariamente e com a temperatura bem baixa... Toalhas de banho, comprei umas três, ganhei outras duas. Aliás, presente é o que não falta... e o guarda-roupa de Davi, que estava bem básico, deve estar com roupas que servirão até um aninho... Isso é bom...uma ajuda de amigos e familiares à nova família. E, apesar de ser contra consumismo, o presente de boas-vindas tem um significado bonito, vem cheio de boas intenções.
Não sei se este texto foi útil ou interessante. Comecei a escrevê-lo hoje cedo, mas aí fui passar o dia na casa da minha amiga Cândida (com o Davi, já que o Lu trabalhou até tarde)... É que aqui no Nordeste São João é feriado e dos mais importantes, não dá para passar em branco... Foi um dia bem gostoso, com papo, almoço e o Davi mamando e tirando uma sonequinha no meio da sala, no cochonete. Ano que vem, com certeza iremos numa festinha, e aí será outro post.

Viva São João!

* Expressões do jornalismo. Nariz de Cera é quando o texto tem uma entrada floreada que não vai direto ao fato. Lide é a abertura do texto jornalístico, responde às perguntas básicas. Que, Quem, Como, Quando e Por Que.